segunda-feira, 23 de julho de 2012

De Frente para a Fornalha Estelar

Foto/crédito: NASA Imager Coronal 


Por Gério Ganimedes


Novas e impressionantes imagens revelam os milhões de graus da atmosfera exterior do Sol, em detalhes sem precedentes. A imagem acima mostra a atividade da corona do sol em 11 de julho de 2012, capturada pelo sensor de alta resolução da NASA, o Imager Coronal (Hi-C). As imagens de cores representativas foram feitas a partir de observações de luz ultravioleta a um comprimento de onda de 19,3 nanómetros (25 vezes mais curto do que o comprimento de onda da luz visível).

É um lugar agressivo aonde as temperaturas chegam a um milhão de graus onde acontecem tempestades violentas que podem causar estragos na Terra, no entanto, até hoje os cientistas não tinham sido capazes de dar uma boa olhada na misteriosa corona do sol.

Astrônomos revelaram as imagens de alta resolução, que mostram o que realmente se passa na atmosfera de nosso sol. As imagens de 16 megapixels foram capturadas pelo NASA Imager Coronal, ou Hi-C, que foi lançado em um foguete de sondagem em 11 de julho. O telescópio Hi-C fornece detalhes cinco vezes maiores do que as observações mais próximas obtidas pelo Observatório Dinâmico Solar da NASA (SDO).

Usando um espelho novo, o telescópio Hi-C é capaz de obter imagens de estruturas tão pequenas quanto 217 quilômetros de diâmetro. A NASA compara o avanço, como mudar de televisor comum de raios catódicos para uma TV de alta definição. Cientistas dizem que as novas imagens podem nos ajudar a entender como o Sol afeta a Terra.

"Mesmo que essa missão fosse de apenas alguns minutos de duração, marca um grande avanço nos estudos coronais", disse o astrônomo Leon Golub Smithsonian (Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics), um dos principais investigadores sobre a missão.

O vôo do Hi-C, montado num foguete suborbital durou apenas 10 minutos e durante aproximadamente 330 segundos os dados foram obtidos. Compreender a atividade do Sol e seus efeitos sobre o meio ambiente da Terra era o objetivo fundamental da missão científica do Hi-C, o que forneceu vistas sem precedentes da atividade dinâmica e estrutura da atmosfera solar. Golub explicou - “Coisas que acontecem em uma escala pequena podem afetar o Sol todo e resultar em uma erupção”.

A coroa circunda a superfície visível do sol. Ela está cheia de gás ionizado ou plasma a milhões de graus, tão quente que a luz que ela emite é composta principalmente de Raios-X e ultravioletas de extremo comprimento de onda.

Durante décadas, os cientistas solares vêm tentando entender por que a coroa é tão quente, e por isso entra em erupção em violentas erupções solares e explosões relacionadas conhecidas como ejeções de massa coronal, que podem produzir efeitos nocivos quando atingem a Terra.

O telescópio Hi-C foi projetado e construído para ver as estruturas extremamente finas que se pensa serem responsáveis pelo comportamento dinâmico do Sol.

Fonte: Daily Mail – UK
Leia a notícia na fonte em inglês AQUI
Tradução e adaptação de texto: Gério Ganimedes


Comentário do Autor

Diante de um território inóspito, de temperaturas altíssimas e destruidoras, vem à mente uma pergunta que não quer calar: Que tecnologia é aquela, que se aproximou do sol há alguns meses atrás, capturada em imagens da própria NASA e que pairou sobre a hostil e devastadora fornalha solar?

Seria alguma espécie de sonda extraterrestre estudando nossa estrela com os mesmos objetivos humanos? Seríamos os únicos interessados em saber o que acontece com nosso sol? Ou mais além, saberiam “eles” do perigo iminente de uma mega explosão e estariam enviando sondas para registrar o raro evento estelar?

Fiquem bem

Gério Ganimedes
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